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O seguinte foi postado em fórum de discussão da disciplina de Psicologia Organizacional do curso de Administração da Furb, no dia 02 de setembro de 2007, Blumenau, SC.


Nova Realidade na Gestão de Empresas e Recursos Humanos : Qualidade de Vida.


O segundo capítulo do livro de GIL, Gestão de Pessoas, trata em especial da nova realidade enfrentada pelos gestores atuais. Como vêm ocorrendo as mudanças, de onde elas vêm e as conseqüências das mesmas, são nossos temas a serem estudados dentro do capítulo.
De pouco tempo para cá, temos observado novas formas de gestão de pessoas e, conseqüentemente, de empresas (não se pode estudar um sem relacioná-lo ao outro). Logo no início, GIL questiona o fim da Gestão de Pessoas. Acredito que isso esteja, ou muito longe, ou impossível de acontecer. Como veremos adiante, mesmo com o advento de máquinas e tecnologias, a “máquina humana” sempre será necessária, ou por seu intelecto, ou por sua capacidade física de controlar ferramentas e maquinários, e, principalmente, no papel de administrador – o organizador, o líder, alguém para definir metas e meios para se chegar ao objetivo proposto.
Aliado do sucesso das corporações, atualmente temos encontrado a procura por “cérebros”, por intelectos, pelo conhecimento. Um exemplo disso é o surgimento de escritórios que fornecem o serviço de “head hunters”, (caçadores de cabeças), ou seja, cérebros para comandar, altos executivos nas mais variadas áreas e por todo o globo. A quem tiver interesse, indico o site
http://www.pmcamrop.com.br/, onde os diretores publicam artigos relacionados à área.
Bem como nesse capítulo de GIL, muitos artigos escritos nos últimos meses tratam da tecnologia, da globalização, da capacitação versus desemprego, da competitividade, terceirização, do empowerment, do isolamento do ser humano, e, principalmente, da qualidade de vida – profissional e pessoal.
Avanços tecnológicos e globalização são termos que andam juntos, como de mãos dadas. Acompanhamos nos últimos dez anos, por exemplo, a massificação dos computadores, a popularização de celulares, pagers, bips – a revolução da comunicação. Fala-se até em extinção de idiomas/dialetos, e na utilização da língua inglesa como universal, em pouco tempo.
Essa revolução fez com que todo o mundo se conecte, troque informações, culturas, conhecimento. Empresas, produtos, pessoas; tudo ligado por computadores. Reuniões por videoconferências, aplicação em bolsas de vários países, bloggers, sites dos mais variados assuntos, fóruns, ensino à distância... É praticamente incontável o número de recursos que a internet e novas tecnologias de telecomunicações nos dispõem.
A revolução das comunicações facilita a vida de empresários e aumenta o nível de exigência do consumidor, uma vez que ele começa a entender sobre o produto que está comprando, compara valores, exige qualidade, competência e vantagens. Uma empresa, por menor que seja, tendo sua página divulgada na internet, transmite ao consumidor uma idéia de atualidade, contemporaneidade, associa à marca/produto a tecnologia, última geração. Oferece, ainda, uma variedade infinita de produtos, a exclusividade dos produtos customizados ou sob medida, o que trabalha com a identidade do consumidor, e conseqüentemente, o sucesso do produto.
Fusões entre empresas e aquisições de outras também se tornou muito mais fácil, não apenas pela compra, mas também pela possibilidade de facilitar e condensar a administração em um ponto só, sendo tudo controlado por e-mails e telefonemas, reduzindo o número de viagens, ajudando a melhorar a qualidade de vida.
Entretanto, mesmo com o avanço das comunicações, gurus da moderna gestão falam do isolamento das pessoas, e de como isso afeta uma organização. Mais uma vez, tratamos da qualidade de vida.
A busca por mão-de-obra especializada, independente de setor e cargo, tem excluído muita gente do mercado de trabalho. Muitos dizem que falta emprego. Porém, especialistas afirmam que sobram vagas, o que falta é gente especializada para assumir as funções em aberto. Entretanto, é enorme o leque de especializações em todos os setores da economia, e cursos “pipocam” de um lado para o outro. Então, qual o problema? Isso seria discussão para mais algumas páginas, mas podemos citar má qualidade de ensino, custos de bons cursos, falta de interesse, e a expectativa de “começar por cima”, como mostrou uma vez uma reportagem de uma grande emissora de tv. (O sociólogo Manuel Castels, como GIL comenta, a respeito do desemprego, que a presença da mulher no mercado de trabalho pode ser considerada como fator mais importante para aumentar o desemprego. Gostaria de saber o que ele quis dizer com isso.)
Para se manter no mercado, não basta mais se formar, ter cursos extracurriculares e ponto. Deve-se estar diariamente em atualização, constante mudança, saber viver e compreender a era que estamos vivendo, agarrar oportunidades e superar ameaças. Está se criando agora a consciência de investimento em recursos humanos. Cursos de capacitação e atualização para funcionários. Isso ajuda muito tanto na produção quanto na autoconfiança e segurança do funcionário, o que contribui diretamente para a qualidade de vida pessoal e profissional desse trabalhador. Outro fator de decisão na hora de contratar um funcionário, além de sua competência, é sua experiência de vida e seu aproveitamento do tempo de folga, ou seja, a qualidade de vida pessoal. Muitas empresas de grande porte acabam optando pela “importação” de funcionários de determinadas áreas, em especial a tecnológica.
Pode-se citar também a terceirização como solução prática para empresas de todos os portes, tanto pela praticidade como pela responsabilidade.
Outro fator importante para o bom funcionamento de uma empresa é se ter um bom líder, com boas equipes e, especialmente, que elas sejam auto-gerenciáveis, o que aumenta a qualidade e, com isso, agiliza processos de produção. Identificação do funcionário com a filosofia da empresa, bom relacionamento entre as pessoas, segurança no emprego, e reconhecimento dos seus valores também podem ser citados.E dentre esses pontos e outros, podemos criar o conceito de qualidade de vida profissional e pessoal. Da capacitação para determinado cargo, à postura desenvolvida nele. A ligação entre qualidade de produção e bem-estar dos funcionários. A diferença entre bonificações e crescimento profissional. Pois a vida profissional e pessoal se complementam. Bem como a qualidade de ambas.

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