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A Psicologia nos Meios de Comunicação de Massa

Para trabalhar a subjetividade, os meios de comunicação de massa geralmente apresentam um mundo perfeito, associando o produto ou serviço a essa atmosfera perfeita. Ao mesmo tempo, tratam de criar alguma semelhança com a realidade, para que o consumidor não se sinta distante desse mundo, mas sim, que pode alcançá-lo.
A captura da subjetividade se dá nesse ponto e de maneira muito sutil, ficando difícil a resistência a ela. A Psicologia, nos meios de comunicação, é utilizada para alcançar um tipo de convencimento que leva ao limite da ética. Entretanto, os meios de comunicação de massa não têm o controle absoluto da subjetividade do ser humano.
Do ponto de vista psicológico, a persuasão é um fenômeno importante para a propaganda por que trata de um mecanismo de convencimento que pode ou não ultrapassar as bases racionais da difusão de uma mensagem. Tal recurso visa atingir o plano da consciência do receptor da mensagem, utilizando uma informação objetiva, garantindo a veracidade do que é informado. Essa informação pode ser fundamental na opção de compra, pois o consumidor geralmente irá verificar se a informação obtida é verdadeira e justificará sua compra e seu uso por suas características racionais. O processo de persuasão é bastante racional.
A linguagem cinematográfica pode ser agente de manipulação por se tratar da linguagem da imagem, da expressão iconográfica da qual deriva um caráter subjetivo muito forte. Diz-se, também, que a decodificação da imagem cinematográfica pode produzir um certo fragor, o que poderia ser traduzido por um incômodo na busca da significação. Sendo assim, quando um cineasta escolhe determinado plano de exposição da imagem, escolhe também a reação do público. Nenhuma explicação mais elaborada será necessária, pois a imagem fala por si só.
A propaganda ideológica trabalha com conteúdos vinculados a ideologias e crenças que procuram alterar o campo cognitivo das pessoas, levando em consideração que a opinião é garantida por três fatores: a ação do indivíduo em relação à sua crença, o afeto dedicado à crença e o próprio conhecimento da existência do objeto de crença.
Na propaganda ideológica, usa-se menos a técnica de comunicação para atingir mecanismos inconscientes que propiciem o convencimento. Os fatores cognitivo e afetivo são os mais utilizados nesse caso. Ambos podem ser alterados de acordo com a informação que se tem a respeito do objeto da comunicação.

Blumenau, novembro de 2007. Trabalho entregue na disciplina de Psicologia Organizacional, do curso de Administração da Furb.

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